12-08-2014

Sem testes em humanos

Acompanhando a decisão do governo da Libéria de usar medicamento ainda não testado em humanos para tratar sintomas da infecção por ebola, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou ético combater a epidemia do vírus com tratamentos e vacinas ainda experimentais, durante reunião extraordinária realizada em 12 de agosto, em Genebra.

Segundo comunicado da OMS “devido às circunstâncias particulares desta epidemia, e com o cumprimento de certas condições, o painel chegou ao consenso de que é ético oferecer intervenções não comprovadas como potencial tratamento ou prevenção” de doenças em pessoas. 

O anúncio foi feito em seguida à divulgação, por parte de autoridades de saúde da Libéria, de que o país usaria em larga escala o medicamento Zmapp, distribuído gratuitamente pelo laboratório Mapp Biopharmaceutical, por enquanto, testado apenas em macacos.

Morte quase certa
Até agora a estimativa da OMS é de que a infecção transmitida pelo vírus ébola – cujos sintomas incluem febre, dores musculares, de garganta e de cabeça, podendo culminar em hemorragia de grandes proporções – matou mais de 1.000 pessoas na África Ocidental. Desde o começo da epidemia, em fevereiro, aproximadamente 1.800 pessoas foram infectadas.

Indagados, representantes do governo da Libéria afirmaram estar consciente dos riscos associados ao medicamento, mas ponderaram que a alternativa seria a morte dos pacientes. “Sabemos que pode haver riscos, mas entre escolher um risco e escolher a morte, tenho certeza de que muitos preferirão o risco”, disse Lewis Brown, Ministro da Informação do país.

Dois profissionais de saúde americanos infectados obtiveram aparente melhora após receberem as doses do medicamento. Por outro lado, um padre espanhol de 75 anos morreu, mesmo ingerido a droga.

Fonte: BBC Brasil 


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