23-12-2015

Ajudou a mãe a morrer

Em outubro de 2006 a médica neozelandesa Patricia Davison morreu, depois de longa batalha contra um câncer cervical. Mas a morte não aconteceu em decorrência da doença, e, sim, por suicídio assistido pelo filho, o cientista Sean Davison, que macerou 18 tabletes de morfina, diluiu-os em água e pediu à mãe que bebesse.

Em seguida, conversou longamente sobre experiências relativas à sua infância, até que ela adormecesse – e não mais acordasse, como relata no livro-diário sobre a experiência.

Ao que tudo indica Patricia não queria mais lutar contra o câncer, depois que perdeu os movimentos e paladar. “Não conseguia mais ler e pintar, seus principais hobbies”, diz Sean, que relata que a velha senhora fez greve de fome ao sair do hospital, para abreviar seus dias. “Só que se passaram cinco semanas, e ela permaneceu viva”.

Prisão
A primeira que teve acesso ao diário de Sean Davison foi uma das irmãs dele, assistente social, que entendeu a atitude e incentivou-o a publicar o diário. Porém, outra irmã do cientista não apenas foi contrária a intervenção, como entregou cópia do livro à polícia neozelandesa. Foi julgado, em primeira instância, culpado por homicídio doloso – o que causou imensa polêmica em seu país, muito religioso.

Depois a sentença foi diminuída para cinco meses em prisão domiciliar. “Quando minha mãe estava doente, voltei-me a mantê-la viva, mesmo com sua saúde deteriorando na minha frente. O dia em que me pediu para que a ajudasse a morrer foi um choque, mas finalmente percebi que a decisão não era minha e, sim, dela”.

Fonte: BBC Brasil 


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