Novo estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) verificou que um grupo de 55 gestantes infectadas com o vírus Zika deram à luz bebês sem microcefalia.
Em 28% dos casos os bebês nasceram com alguma alteração neurológica, mas com sintomas muito mais leves do que os que acometeram os recém-nascidos do Nordeste e do Rio de Janeiro.
Conforme o virologista Maurício Lacerda Nogueira, coordenador do estudo, “não tivemos nenhuma daquelas manifestações gravíssimas que haviam sido vistas antes”. Tais resultados foram apresentados em evento organizado pela Fundação Paulista de Fomento à Pesquisa (FAPESP).
Ainda não se sabe que motivos causaram tal diferença, em relação a gestantes de outros Estados. “Temos algum cofator, mais não sabemos ainda qual”, ressaltou Nogueira.
As hipóteses vão da presença de outras doenças que podem levar à malformação (como sífilis e toxoplasmose) em meio às gestantes do Nordeste, até de infecções anteriores pelos vírus da dengue ou chikungunya, capazes de alterar a reação do organismo da mãe, perante outro invasor.
Fonte: Folha de SP
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