Quase dois anos depois de os eleitores do Colorado, Estados Unidos, aprovarem lei sobre morte assistida, cada vez mais pacientes terminais tem optado por acabar com suas próprias vidas. Mas a televisão da KMGH, em Denver, descobriu que o processo nem sempre corre da maneira esperada: há obstáculos e preocupações entre pacientes, profissionais e familiares, por motivos que vão de encontrar médicos capacitados (e que dispõem a ajudar neste momento), ao preço das drogas letais.
Grupos religiosos e até seculares afirmam-se “alarmados” com o crescente número de pessoas que tem optado pelo suicídio assistido naquele Estado: se em 2017, 69 indivíduos no Colorado receberam prescrições para medicamentos para morrer, em 2018, está previsto de um aumento de até 40%.
Desses, a grande maioria tem câncer – o que assusta o médico oncologista Robert Jotte, do Rocky Mountain Cancer Centers, que afirmou à rede ABC que não prescreverá “pílulas de suicídio”. Diz: “todos os dias, minha prioridade é garantir que meus pacientes não sofram. Só que partir para esse recurso não é ajuda-los a morrer com dignidade, é contribuir para suicidarem-se”.
Argumenta que os oncologistas estão avançando em diagnósticos moleculares, terapia direcionada que poderia adicionar anos de qualidade à vida “e, no final, tratar a dor”.
Paz
Na opinião do médico, se a ideia é ter paz, alguns estão ignorando a situação daqueles que levam horas – ou dias – para morrer, depois de ingerir as drogas.
Tal circunstância é desmentida por Sam DeWitt, da Compassion & Choices. “O período mais longo que já ouvi falar é de oito horas após as pílulas", afirma.
Parte do problema, explica, é o tipo de droga. A mais eficaz custa US $ 4.000. Um coquetel de medicações custa algumas centenas de dólares, mas causa uma morte mais lenta. “Obviamente, ter um profissional médico nesses momentos é de suma importância".
Segundo DeWitt, a questão mais premente é a de que muitos médicos se recusam a prescrever os medicamentos, além de farmácias, a aviarem as receitas.
O médico Cory Carroll, abertamente favorável às leis de Right-to-Die, teme que pacientes desesperados pela morte precisem trilhar um caminho tão difícil. “Para mim, isso é sobre a autonomia do paciente. Não é sobre o que eu acredito ou o que alguém acredita, é 'em que o paciente acredita e o que quer'".
Fonte: Bioethics.com e ABC News
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