Deu no New York Times: O cientista He Jiankui, que no início de dezembro de 2018 surpreendeu os pares de todo mundo, ao revelar a conduta (antiética) de criar os primeiros bebês geneticamente modificados, foi demitido da Universidade de Ciências e Tecnologia do Sul da China, na província de Shenzhen.
Além disso, deve ser acusado criminalmente, por haver enganado a supervisão institucional.
Por meio de nota, a Universidade informa “que encerrou qualquer atividade de ensino e pesquisa do cientista”.
Dúvidas e processos
Após a apresentação do seu experimento aos colegas e à imprensa, em conferência lotada em Shenzhen, China, houve quem duvidasse de que He tivesse ido tão longe, ou seja, editado genes de embriões pelo sistema CRISPR/cas9, com o objetivo de “evitar infecção futura pelo HIV”. Os recrutados no “estudo” eram casais sorodiscordantes em que o homem era portador do vírus.
O mais grave da história é que a experiência, de fato, foi feita, e culminou no nascimento de gêmeas e uma gestação em curso, de acordo com investigação de autoridades na área no país – muitos duvidavam da veracidade do feito.
Por isso, é provável que o pesquisador e seus colaboradores sofram processos criminais por terem ultrapassado barreiras éticas e legais, mesmo considerando-se que a China carrega uma espécie de “tradição” de regulamentos éticos "flexíveis" em pesquisas.
Da mesma forma que aconteceu logo após a – famigerada – conferência com o anúncio de edição de genes destinada a “programar” bebês, He Jiankui sumiu do mapa e não foi encontrado para comentar a demissão.
Em tempo: recentemente o cientista foi detido em uma pequena hospedaria universitária, em Shenzhen, onde permaneceu “sob a guarda de homens não identificados”.
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