Seria eticamente adequado solicitar pesquisa de presença de cocaína ou de seus metabólitos ativos num paciente que não apresenta os fatores de risco tradicionais para doença coronariana, com base no aumento do número de infartos diagnosticados em pacientes jovens?
Sim é atitude ética, de acordo com vários artigos do Código de Ética Médica.
Ao solicitar um exame para pesquisa de presença de cocaína em paciente jovem, o médico está agindo com zelo, não sendo negligente, já que está à procura da causa da doença para melhor tratá-la.
Porém, o mesmo Código deixa claro ser essencial respeitar a autonomia do paciente, informá-lo sobre o exame e só realiza-lo após concordância do paciente.
A exceção a esta norma está contida no mesmo artigo 22 sobre Autonomia, Capítulo dos Direitos Humanos, que estabelece ser vedado ao médico “deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte”, risco este estabelecido pelo próprio médico e devidamente anotado no prontuário.
Resposta baseada no Parecer Consulta nº 47.096/10, do Cremesp.
Quer fazer uma pergunta?
Mande no Fale Conosco
Esta página teve 304 acessos.