“Gaetan Dugas foi um dos pacientes mais demonizados da história e um dos muitos indivíduos apontados como responsáveis por espalhar a epidemia intencionalmente”, explicou Richard McKay, historiador da Universidade de Cambridge, Reino Unido, sobre o comissário de bordo da Air Canada que (tristemente) ficou conhecido como “paciente zero” da epidemia da AIDS.
Estudo publicado pela revista Nature dá conta de que a história não passa de um mito, resultante de um erro de interpretação.
Inocente
O equívoco foi descoberto em virtude de estudo liderado por McKay, e o biólogo evolucionário Michael Worobey, da Universidade do Arizona em Tucson, voltado a encontrar informações mais claras da origem do HIV.
Assim, a equipe de McKay e Worobey recolheu mais de 2.000 amostras de sangue estocado em clínicas, coletados de homens homossexuais em 1978 e 1979, para testar para a hepatite B. Foi então que encontraram traços genéticos suficientes de HIV para formar a três amostras com a sequência completa do vírus vindas de São Francisco, e cinco, de Nova Iorque.
Em resumo, as amostras apresentam tamanha diversidade genética que não é possível que tenham se originado no final da década de 1970 – quando Dugas “teria espalhado” o vírus – e, sim, no início da mesma década.
O erro: Dugas não era o paciente Zero (0) e, sim, era um dos pacientes “ó” – forma com que eram classificados pelo Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA os pacientes de “fora da Califórnia” (out of California), estado em que a primeira concentração de casos foi verificada, em 1981. Ou seja, a fama veio do fato de a letra haver sido confundido com o número.
Como explica Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas em Bethesda, Maryland (um dos protagonistas do início da luta contra a Aids, retratado no livro e filme E a Banda Continuou a Tocar), “a história de doenças, em parte, sempre foi assim. Alguém precisa ser responsabilizado”.
Fonte – Site da revista Nature
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