Diferentes profissionais acompanharam o caso das irmãs Maria Ysabelle e Maria Ysadora, ao longo de um ano. A separação inédita no Brasil foi coordenada pelo professor e neurocirurgião Hélio Rubens Machado, e contou com reforço do especialista americano James Goodrich.
Após 40 dias da cirurgia – a quinta necessária a este caso complexo, iniciadas em fevereiro – as meninas de dois anos que nasceram unidas pela cabeça deixaram, em sete de dezembro, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, com direito a uma despedida emocionada por parte da equipe médica.
Maristela Bergamo, pediatra responsável por acompanhar o tratamento, afirmou que sentirá muitas saudades. “Depois de tanto tempo, quase todos os dias pensando nelas, trabalhando por elas, então a gente vai sentir muita falta sim”.
Segundo Débora Freitas, mãe das meninas, “elas têm duas datas de nascimento: o dia 1º de julho, quando nasceram juntinhas (...) e o dia 27 de outubro, ao nascerem separadinhas, do jeito que deveria ser”.
Natal e reabilitação
A família ficará em Ribeirão Preto até o Natal e depois retornará para Patacas, distrito de Aquiraz, no Ceará, onde as gêmeas nasceram. Em janeiro, Ysabelle e Ysadora voltam a Ribeirão Preto para iniciar um processo de reabilitação de cerca de um ano, que inclui reaprender a andar, ganhar força muscular e postural.
Como explica o neurocirurgião Hélio Rubens Machado, coordenador dos procedimentos de separação, “elas precisam adquirir tônus muscular, postura correta, e readaptar a parte cognitiva. Desenvolver fala, linguagem, memória. Para isso, serão estimuladas em terapia ocupacional, psicologia, uma série de coisas”.
A finalidade é possibilitar que entrem na escola, corram, brinquem, convivam com outras crianças. Esse é um planejamento de médio e longo prazo. O professor Machado, porém, já comemora. “É extremamente gratificante chegar ao final. Provavelmente, toda a nossa programação foi correta, era isso que tinha que ser feito e o resultado está aí”.
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Fontes: Notícias HC e site G1.
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