30-07-2004

Morre o "pai" do DNA

Morreu no dia 29 de julho, nos Estados Unidos, aos 88 anos, de câncer de cólon, o britânico Francis Crick que se tornou mundialmente conhecido pela descoberta da dupla hélice do DNA.

O experimento que mudou a história da Medicina tornou-se um dos pilares da biologia molecular e abriu o caminho, por exemplo, para realização de exames de DNA: no ano de 1953 a estrutura foi anunciada por Crick ao lado de seu – eterno – colega, o americano James Watson.

Por seus trabalhos sobre genética Crick, Watson e o neozelandês Maurice Wilkins ganharam em 1962 o Prêmio Nobel de Medicina.

Simpático, mas criticado.
Nascido na cidade inglesa de Northampton, em 1916, Francis Harry Compton Crick tinha pouco mais de 37 anos quando, ao lado do jovem biólogo Watson (então com 23 anos), descobriu a estrutura do DNA, em forma de dupla hélice. 

Tratou-se de um feito e tanto, pois nomes respeitados no meio científico como o famoso Linus Pauling, também laureado com um Nobel, defendiam a hipótese de tripla hélice.

Várias histórias sobre a personalidade controversa (mas discreta) de Crick foram contadas no documentário “A Dupla Hélice”, produzido em 1967 por James Watson. Entre outras, ele afirma que o laboratório em que ambos trabalhavam, na Universidade de Cambridge, Inglaterra, foi propositalmente escolhido para ficar bem longe da sala do diretor da Escola. Motivo: as escandalosas risadas de Crick. “Nunca vi Francis com humor modesto”, declararia o amigo e colega.

Conta a lenda que, apesar de pedirem constantemente conselhos ao britânico, alguns de seus pares tinham certo “pé atrás” contra ele, por seu hábito de explicar experimentos alheios sem pedir a devida permissão.

Desde 1970 até a sua morte Francis Crick atuou no Instituto Salk, na Califórnia. Paralelamente, em 1994, publicou um livro Astonishing Hypothesis (Algo como A Hipótese Surpreendente) cujo teor, no mínimo, curioso, expõe sua busca científica pela alma.

Ao saber da morte, James Watson descreveu o colega de forma simples, mas sensível. “Vou sempre me lembrar de Francis por sua inteligência extraordinariamente focada e pelas várias formas como ele me demonstrou carinho e desenvolveu minha autoconfiança”.

Fontes: O Estado de São Paulo e Ultimosegundo.com


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