23-01-2012

DNA de três pessoas


Técnica desenvolvida pela Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha, e financiada com dinheiro da Wellcome Trust (fundação sem fins lucrativos dedicada a alcançar melhorias na saúde humana e animal), vem causando polêmica entre os ingleses: é aceitável criar um embrião com o material genético de três pessoas, se o intuito for evitar doenças genéticas, como, por exemplo, distrofia muscular?

Para o ministro britânico da Ciência, David Willetts, os “pesquisadores fizeram uma descoberta potencialmente importante para salvar vidas. Por outro lado, devemos respeitar a nossa regulamentação” sobre o assunto.

Explicando: seria necessária mudança na legislação local em reprodução assistida – diga-se de passagem, uma das mais permissivas do mundo – para incluir a possibilidade de agrupar-se material genético de duas mulheres e um homem para a produção de um único embrião.

Por isso será promovida em breve naquele país uma consulta pública com o tema “Fertilização in vitro de três pessoas”.

A técnica
O objetivo da técnica é substituir material mitocondrial do óvulo de uma mulher, identificado como “defeituoso”, pelo de uma doadora, classificado como “saudável”.  

São usados, enfim, dois óvulos: um da mãe do feto e outro da doadora. O material é fertilizado, in vitro, pelo esperma doado pelo pai biológico, e o embrião resultante, implantado no útero materno.

Em teoria, a criança teria o material genético de seu pai, mãe e doadora. No entanto, não herdaria características da terceira.

O procedimento vem causando uma “tempestade” ética envolvendo tanto especialistas ingleses, quanto a população em geral: os críticos argumentam que está sendo criado um bebê “híbrido”, conduta arriscada e desconhecida para as gerações futuras.

Mitocôndrias são potências que flutuam em torno de células, que convertem alimentos em energia. Cada uma contém um fio minúsculo de DNA – cerca de 37 dos 23 mil genes humanos – que é transmitido pela mãe.

Mutações do DNA da mitocôndria podem causar cerca de 50 graves e incuráveis doenças genéticas, que afetam uma em 5.000 crianças.

Fonte: Daily Mail.

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