04-12-2013

Paternidade póstuma

A britânica Beth Warren, de 28 anos, amava o marido, o instrutor de esqui Warren Brewer.

Tanto que, depois de oito anos de vida em comum, decidiu oficializar a união no hospice em que ele estava internado por conta de um tumor cerebral. Seis semanas após a morte do marido, aos 32 anos, decidiu adotar o sobrenome dele, como forma de homenageá-lo.

Saindo do luto apenas agora, no entanto, Beth deve tomar uma decisão capaz de mudar completamente sua vida: deve ou não usar o esperma que o marido deixou congelado, para gerar um filho?

O problema é a rapidez com que o procedimento deve ser feito: o termo de consentimento informado do marido, no qual deixa claro que gostaria que a esposa fosse fertilizada com seus genes, teria o prazo legal finalizado em abril de 2013. Na justiça, Beth conseguiu prorrogar, mas o esperma só poderá ficar estocado até 2015.

A dúvida persiste: recentemente a mulher, que mora em Birmingham, admitiu à imprensa local: “Entendo que é uma grande decisão ter um filho que nunca vai conhecer seu pai. Não consigo fazer tal escolha agora, preciso de mais tempo para reconstruir a minha vida e quero ter a liberdade de decidir quando não estiver mais de luto”.

O caso deve ser avaliado no início do ano que vem por um juiz do Tribunal Superior de Família e deverá tornar-se um marco, pois pretende mudar as regras sobre fertilização post mortem naquele país.

“Estou ciente, inclusive, de que posso decidir não usar as amostras armazenadas, caso conheça alguém no futuro e opte por ter uma nova família”, argumentou Beth.

Fonte: Bioethics.com


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