24-06-2015

Células-tronco embrionárias

A questão voltou à tona em parte da comunidade científica dos EUA, desde que a família do legendário jogador de futebol americano Bart Starr, do Green Bay (Wisconsin, EUA) anunciou, em meados de junho, que este participa de um ensaio clínico com células-tronco como um possível tratamento para acidentes vasculares cerebrais. Starr teve dois derrames e um leve ataque cardíaco em setembro passado e a terapia estaria acontecendo em Tijuana, México. 
Apesar de manter a cautela, tal informação trouxe certo otimismo a Su-Chun Zhang, da Universidade de Wisconsin-Madison, o primeiro cientista a isolar, em 2001, células estaminais neurais a partir de células embrionárias. Como afirmou em entrevista ao site da universidade (http://www.news.wisc.edu/23850) pesquisadores médicos e governo federal têm a responsabilidade de provar quando e como tais células demonstram-se flexíveis e capazes de substituir material neural danificado. 
“Ainda não há nenhum tratamento eficaz para tratar AVC. Depois de poucas horas as células morrem, se não há um suprimento de sangue”,diz o médico e PhD Zhang, que até hoje se dedica a pesquisar a diferenciação de células neurais em neurônios, e compõe a equipe de cerca de 90 médicos da Wisconsin-Madison dedicados ao estudo básico sobre o potencial regenerativo das células-tronco. 
Por isso, propõe a construção de um banco de células neurais. “Chegamos num ponto em que me sinto muito mais confiante sobre as células e os procedimentos (...). Podem levar alguns anos, mas realmente estamos perto”. 
A respeito do fato de a família do ex-jogador Starr haver procurado tratamento do exterior, o cientista afirma que isso é compreensível, dada a falta de ensaios nos EUA. Apesar de desejar que o atleta se recupere, Zhang questiona a contribuição que os estudos estrangeiros têm trazido para a ciência. “Quase não vi resultados afixados sobre esses ensaios”. 
Entre suas dúvidas figuram que tipos de células estão sendo empregadas e como estas foram inseridas no organismo dos voluntários. 
Fontes: Bioethics.com e University of Wisconsin-Madison News

 


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