“Nós precisamos falar em alto e bom som sobre suicídio”.
A documentarista Dana Perry surpreendeu o mundo ao conclamar a plateia – e o mundo – por sua causa, no momento em que recebeu o Oscar/2015 de melhor curta-metragem por Crisis Hotline: Veterans Press 1. Tal apelo teve motivo: diagnosticado com transtorno bipolar ainda pequeno, seu filho, Evan, suicidou-se em 2008, aos 15 anos, ao pular do alto de um prédio.
O drama familiar dos Perry, no entanto, está longe de ser isolado: o estudo mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que doenças mentais estão presentes em 90% dos casos de suicídio. Os números obtidos no Brasil são ainda mais alarmantes: de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) distúrbios estão presentes em quase 100% das situações em que a pessoa acaba com a própria vida.
Conforme a entidade os transtornos de humor, como a depressão e o transtorno bipolar lideram o – triste – ranking entre os brasileiros: são as causas de 35,8% de mortes entre os suicidas. A pesquisa, liderada por Neury Botega, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) indica que 17% da população do país já pensaram em suicídio.
Abrangência
Estimativas da OMS dão conta de que 350 milhões de pessoas de todas as idades (4,7% da população mundial) sofrem de depressão – o que eleva a doença como o transtorno mental mais associado ao suicídio. Porém, apesar da magnitude, o assunto é pouco discutido pela sociedade – o que dificulta as ações de prevenção. Segundo Botega, “a depressão muda a visão de mundo. A pessoa deixa de acreditar na possibilidade de melhora, não vê a luz no fim do túnel”.
Porém, a Comissão de Estudos e Prevenção ao Suicídio da ABP enfatiza que nem todos os deprimidos pensarão em tirar a própria vida: na maioria dos casos tal decisão demanda de fatores associados, como problemas financeiros, conjugais e, no caso de adolescentes, desestrutura familiar.
Fonte: UOL Saúde (08/12/2015)
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