03-05-2017

Desafio: Atravessar a rua

Estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e divulgado pela Agência FAPESP dá conta de que 97,8% dos idosos da cidade de São Paulo não conseguem caminhar a 4,3 km/h, velocidade exigida pelo padrão apresentado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP) para os semáforos da cidade.

Na média, a velocidade alcançada pelos voluntários com mais de 60 anos que participaram do estudo foi bem menor: apenas 2,7 km/h.

Marcha
A pesquisa tomou como base dados da CET-SP de agosto de 2016: o cálculo considera a velocidade média para o pedestre como 4,3 km/h, enquanto o farol está verde – não foi tido em conta o tempo do sinal vermelho piscante.

Para mensurar a velocidade da marcha dos 1.191 idosos que participaram do estudo foi necessário contar com a infraestrutura do Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), sobre as condições de vida e saúde dos idosos do município de São Paulo, trabalho multicêntrico iniciado no ano de 2000, por iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

A pesquisadora Etienne Duim resume a situação: “a velocidade de marcha exigida para atravessar as ruas da cidade não condiz com a população idosa”. Além disso, alega que não se pode desconsiderar o aumento da população idosa no município de São Paulo e no Brasil inteiro.

Segundo o pesquisador José Leopoldo Ferreira Antunes, professor titular da FSP e orientador do estudo, o que foi constatado é que a cidade não é regulada para idosos, mas para um indivíduo adulto que, na maioria dos casos, anda entre 4 e 6 km/h sem maiores problemas. “Isso tem o efeito de fazer com que o idoso fique cada vez mais confinado em casa”.

Fonte: Agência FAPESP


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