06-11-2019

Parentes consanguíneos

Estima-se a que 8% da população saudita nasça com alguma doença de origem genética, o que insere o país entre aqueles com maior incidência, já que, na média da população mundial, essa marca é de 5%. 

Entre os motivos de tal fenômeno figura a cultura de casamento entre parentes: pelo menos quatro em cada dez sauditas se unem a familiares, principalmente a primos – e isso acontece não por livre e espontânea vontade da noiva, e sim, em virtude de matrimônios orquestrados pelos pais. 

Famílias saudáveis 
O custo anual aos cofres públicos locais para lidar com as doenças genéticas em virtude de casamentos consanguíneos chega a 27 bilhões de dólares. 

Para conter esta tendência, desde o final da década passada o governo saudita exige que os casais façam testes para algumas doenças genéticas, como anemia falciforme e talassemia, além de outras infecciosas, para garantir o que é conhecido como Famílias Saudáveis. 

Agora, foi além, ao oferecer um teste genético pré-marital completo, bem como, financiar projeto de mapeamento do genoma da população, com o objetivo de encontrar as mutações responsáveis pelas doenças congênitas mais comuns. 
Em última instância, quer desestimular casamentos consanguíneos. 

A tarefa promete ser árdua: um terço dos casais ignora os riscos genéticos e segue com os planos de união e filhos. Em muitos casos, tal decisão é dos pais, e não dos noivos. 

Para dar inicio a mudanças a traços culturais tão arraigados, organizações de Direitos Humanos, como a Human Rights Watch, lutam pelo direito de as mulheres sauditas de se casar com quem desejarem. 

Fonte: Folha de S. Paulo 


Esta página teve 1992 acessos.

(11) 4349-9983
cbio@cremesp.org.br
Twitter twitter.com/CBioetica

Rua Frei Caneca, 1282 - Consolação - São Paulo/SP - CEP: 01307-002

CENTRAL DE ATENDIMENTO TELEFÔNICO - (11) 4349-9900 das 9h às 20h

HORÁRIO DE EXPEDIENTE - das 9h às 18h