Consentimento informado no BMJ

Em sua atual edição on line, a tradicional publicação científica britânica British Medical Journal destaca a importância do bom relacionamento com os pacientes, no capítulo Putting patients first – em tradução livre, algo como “Colocando o paciente em primeiro lugar”.

Um dos artigos sobre o tema, Patients misunderstand written consent, (veja abstract e full text grátis), foi feito por pesquisadores da Universidade de Leicester. Teve como principal objetivo entender o status, função e o que significa aos pacientes o consentimento informado, a ser assinado antes da realização de cirurgias.

Como informam os autores do estudo, em termos éticos, o consentimento informado para a promoção de tratamentos serve para salvaguardar a segurança dos pacientes. Recebe o aval do Departamento de Saúde da Grã-Bretanha, sendo aplicado atualmente em todos os hospitais ingleses.

Porém, afirmam, não se sabe exatamente se os pacientes entendem o significado do termo: o estudo em questão sugere que muitos o encaram como algo ritualístico e burocrático – e, pior, sentem-se assustados e pressionados, ao assinar o documento.

Dentro do mesmo enfoque, o British Medical Journal traz o artigo Doctors must work in partnership with patients, says GMC (abstract), no qual especifica: o General Medical Council (GMC, conselho britânico destinado a padronizar a conduta dos médicos ingleses) deve concordar com a edição revisada do Good Medical Practise, especialmente no tópico que determina ser dever incondicional dos profissionais buscar uma relação de cumplicidade com os pacientes.

Também no BMJ, o artigo Doctors’ training to include patients’safety (abstract), que ressalta a importância de incutir uma mentalidade diligente à realidade dos estudantes de Medicina.